Conversa interessante numa sessão!

O analisando quer saber se ficar emitindo “mensagens positivas” para sua mente quando está desanimado, ou não anda conseguindo boa performance no treino da academia, se isso ajuda a obter melhores resultados. E ele complementa, desconfiado: “ou isso é coisa de coach?”

Sim! Isso é coisa de coaching!

Eu negar uma emoção, tentar abafar um sentimento não ajuda em nada na minha compreensão do que está acontecendo: por que eu ando desanimado, por exemplo? (É a rotina pesada de treinos? É o meu corpo, que não anda respondendo ao esforço que estou fazendo? É o cansaço com mais uma “obrigação”? Não sabemos, devemos pesquisar).

Mandar “mensagens positivas” para a mente pode ajudar aparentemente e de maneira temporária, mas isso não gera consistência, não apresenta boa duração; logo terei que enviar novas e mais poderosas mensagens para essa mente desanimada, vou ter muito pouca informação sobre as causas, e aumentar a pressão por eficiência. Mas eficiência do quê, se não sei do que estou cobrando? Eficiência do corpo, da positividade da mente, eficiência por performances crescentes?

Isso não vai dar certo! Estaremos criando sintomas, certamente, e possivelmente um colapso, vai faltar combustível pra esse foguete que não dá ré.

Na vida, temos que dar ré, e isso nada tem a ver com fracasso: é o momento de recolher e observar a direção da energia, do movimento, analisar se o movimento que tenho feito combina comigo, se me impulsiona, ou muito mais me rebaixa.

A vida não é uma seta atirada pra cima, em busca de performances sempre crescentes; ela se parece muito mais com uma dança!

Não vamos cair na armadilha de uma “positividade tóxica”!