Muitas vezes achamos bonitinho olhando filhos imitando pai e mãe, e talvez não nos damos conta que as crianças imitam não somente gestos engraçados, mas também comportamentos que os pais certamente não gostariam de ver nos filhos.
As crianças imitam o mundo à sua volta, não somente os pais, mas em especial os pais ou outros cuidadores por conta dos vínculos afetivos firmados na relação. Isso quer dizer que os pais e outros adultos de grande convivência com os pequenos devem observar bem suas próprias atitudes nessas horas.
Os pais focam bastante a educação na orientação falada, do tipo “isso pode, isso não pode” (geralmente mais no “isso não pode”) e talvez não dão a mesma importância no aprendizado por imitação das crianças.
Se você diz ao seu filho algo assim: “não grite com sua mãe!”, mas ao dizer isso você gritou com ele, o que ele vai entender disso? Que ele não pode gritar? Ou pode?
Não vamos esquecer que os pais desempenham um papel fundamental na vida da criança; e não apenas como educadores que verbalizam ordens de “certo” ou “errado”. As crianças captam muito mais do que os pais imaginam ou gostariam.
A qualidade das informações (diretas e indiretas) que os pais repassam às crianças é essencial na construção da identidade infantil. E uma relação conturbada, negligente ou com mensagens dúbias pode ter um impacto negativo significativo no desenvolvimento da criança, afetando sua leitura da realidade social, a organização das suas emoções em sentimentos minimamente compreensíveis e seu relacionamento com os outros ao longo da vida.
Fiquemos atentos!